– Sabe, me
lembro da primeira vez que estivemos aqui. Esse céu, esse lago... Mas agora tudo
está tão...
– Diferente?
– É.
– Talvez não seja o lugar.
– Talvez não seja o lugar.
– O que
seria então?
– A gente.
– Mas...
– Admita,
tudo está igualzinho, a diferença é que suas mãos não estão nas minhas.
– Talvez...
– Talvez?
– É.
– Odeio esse
seu jeito monossilábico.
– E o que
queria que eu dissesse? Que sinto falta daquele tempo? Que eu ainda te amo? Que
foi besteira termos nos precipitado tanto e que agora é tarde demais?
– E quem
disse que é tarde demais?
– Você quer
dizer que é fácil jogar todas as poeiras do passado debaixo de um tapete e
recomeçar?
– Não. Eu
não disse que seria fácil. Mas valeria a pena tentar.
– E se não
valer?
– A gente tenta
de novo.