sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Encruzilhada

Estou no meio de uma ponte. Tarde demais para voltar atrás, cedo demais para seguir em frente. Esse vazio esta acabando comigo. Saudade do ontem. Medo do amanhã. Malditas incertezas!
Lutando para não perder a sanidade tento colar esses milhares de cacos que me consomem por dentro.
Não faço a menor ideia do que está acontecendo aqui dentro. Só sei que dói, e não é pouco.
Não há remédio. Antes tivesse... já teria morrido de overdose. Malditos exageros. Amei demais, doeu demais, morri demais. De mais ou de menos. De vezes ou multiplicação.
Exatas não se aplicam na vida. Aulas inúteis as do colégio! Me ensinaram a saber de tudo, mas se esqueceram de me ensinar a viver. Então não me ensinaram tudo. Fui reprovada na vida. A bomba explodiu em minhas mãos. As mesmas mãos que seguraram as suas quando você precisou. As mesmas mãos que imploraram por ajuda quando eu estava caindo. As mesmas mãos que ficaram vazias enquanto eu gritava por socorro.
Coloquei o dedo na garganta e vomitei palavras. Ditas, não ditas, escutadas e não escutadas. Cada uma com seus espinhos e dores.
Perdi o controle de mim na última esquina que cruzei. 
Está escuro. Tenho medo. Está tarde. Estou perdida. Dentro de mim. Fora de mim.
Implorando pelo monstro que me mata, morro por ser tão idiota. Morro por amar.
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